quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Circuito de lubrificação e divagações sobre o seu funcionamento...

Este motor é lubrificado de forma não convencional, usa o sistema cárter seco. Isto, quem já mexeu com mecânica já ouviu falar e não é uma novidade, vários motores são assim.

Dentre as principais vantagens deste tipo de construção destacam-se:
- Diminuição da altura do motor pois não precisa ter um cárter grande para armazenar o óleo, este o é feito em um cárter externo que, na 3TB (e outras XT600E) fica localizado no quadro, parte superior e frontal do mesmo. Em outras aplicações, isto é muito vantajoso devido a diminuição da altura do centro de gravidade e consequente melhora da estabilidade "em curvas". No caso da XT600E, o objetivo deve ter sido aumentar a altura livre do solo, facilitando a transposição de obstáculos (esta é a primeira divagação...).
- Melhora da refrigeração do óleo lubrificante e do motor, por consequência. No caso da XT600E, a superfície do cárter externo é usada para trocar calor e melhor ainda, no caso das XT600Z, existe um radiador de óleo colocado no circuito que faz esta troca de calor de forma mais eficiente.

As principais desvantagens são o custo e maior partes mecânicas envolvidas. Quanto mais partes e componentes, maior a chance de falha. E é mais complexo consequentemente.

Antes de comprar (escolher) este modelo de motocicleta, li tudo que encontrei sobre durabilidade, robustez e falhas que pude encontrar. Não só da família XT, mas, de outras motocicletas. A minha escolha foi feita justamente por causa da confiabilidade já que o segundo objetivo era fazer viagens por lugares ermos e não quero estar com uma moto quebrada num lugar assim. E, se quebrar, que eu consiga resolver o problema com poucas ferramentas e tenha conhecimento suficiente para reparar. Dai a opção por esta família, mais especificamente das XT600E ou Z. A 660 já tem eletrônica mais complexa (injeção) e mais um circuito de refrigeração à água, o primeiro se pifar, danou-se, o segundo, mais itens para quebrar, embora seja mais moderna e mais evoluída.

Nesta procura por informações e relatos de fatos ocorridos, o principal defeito sério que encontrei foi engripamentos de pistão e um caso de quebra do virabrequim, aparentemente relacionados a deficiência de lubrificação ou até superaquecimento. Após a compra da moto e sua desmontagem, estas falhas foram estudadas e o motor foi estudado para tentar entender o que poderia provoca-las e se eu poderia modificar algo que pudesse aumentar ainda mais a sua confiabilidade e previsibilidade. Cabe aqui uma ressalva, são poucos os relatos de falha sendo comum ver relatos de motores com mais de 200 mil quilômetros rodados, sem nenhuma retifica.

Como sei que muitos proprietários deste tipo de moto que acompanham este blog, também tem duvidas sobre o funcionamento do circuito de lubrificação, resolvi colocar aqui algumas explicações sobre ele (na verdade, do que eu pude entender...) e sobre o que pretendo modificar.

- funcionamento:
O coração do circuito de lubrificação é a bomba de óleo. Nesta moto, trata-se de uma bomba dupla. Uma bombeia o óleo que acumula no cárter do motor para o cárter externo (vou chamar de circuito de retorno) e a outra, do cárter externo para os pontos a serem lubrificados (vou chamar de circuito de lubrificação).

Bomba de óleo dupla...

... bomba circuito de lubrificação do lado esquerdo, de retorno do lado direito.

O circuito de retorno é composto de "pescador", bomba de retorno, mangueira e tubo de subida de óleo e cárter externo. Mas, este circuito não só retorna o óleo para o cárter externo. Parte do óleo "lubrifica" o eixo de acionamento da embreagem, o varão da embreagem, a própria embreagem e as engrenagens do câmbio sobre as árvores, tanto primária (motora) quanto a movida, justamente nas superfícies de deslizamento entre as engrenagens e seus eixos. 
E, por uma falta minha de atenção a isto, quando especifiquei os rolamentos, fiz um grande erro e tive que desmontar todo o cárter central. Para que o óleo tenha pressão suficiente para atingir estas partes, lubrificando-as e, para que tenha ainda pressão para poder ser bombeado para o cárter externo, é necessário que dois rolamentos tenham blindagem em um de seus lados, blindagem esta do tipo "vedação" (o que estará sendo explicado no tópico sobre escolha dos rolamentos).
O pescador nada mais é que um tubo que pega o óleo que cai no cárter e encaminha para a bomba. Ele tem um filtro interno (eu o abri com cuidado porque estava repleto de limalha e ele não é feito para desmontar e sim "trocar")  de tela de metal que tem a finalidade de proteger a bomba de retorno de grandes partículas.

A seta indica o pescador.

Na saída do cárter externo (já indo para o circuito de lubrificação) tem um outro filtro de tela de metal que tem a finalidade de proteger a bomba do circuito de lubrificação contra grandes partículas (fica na dianteira do quadro, protegido pelo suporte de fixação do motor).

Filtro do cárter externo... vejam quanta sujeira na tela! 

E por último, de componentes importantes no circuito de retorno, temos a bomba (e seu rotor).

Rotor a direita, carcaça a esquerda da bomba de retorno. Vejam as marcas e arranhões...

Aqui deu para ver a primeira deficiência deste motor: - partículas grandes o suficiente para estragar a bomba de óleo passam pelo filtro do pescado (se é que ele tem), danificando e desgastando as faces de vedação do rotor. Estes riscos e buracos nestas faces permitem que o óleo flua no sentido oposto do desejado, diminuindo a pressão de recalque e vazão da bomba de retorno. Sem contar que estas partículas também passaram pelo filtro do cárter, danificando também a bombe do circuito de lubrificação que irei mostrar mais a frente.

Quando abri o filtro do cárter, o que encontrei como sujeira foi limalha de aço. Estas devem ter sido geradas na degradação das engrenagens da 5ª marcha devido provavelmente a uso inadequado da motocicleta e que já mostrei em texto anterior e também geradas no processo de desgaste normal do motor. 

Para minimizar este problema e melhorar o projeto mecânico, o que farei será colocar imãs em alguns pontos estratégicos que irão acumular estas limalhas, retirando-as do óleo e evitando que fiquem circulando e danificando componentes, tanto do circuito de lubrificação como rolamentos e engrenagens. É uma solução simples, antiga e muito usada e vou mostrar mais adiante o como fiz. Alias, no site do CXT600, isto já foi discutido e idéias foram apresentadas. 

O circuito de lubrificação é composto do filtro do cárter externo (citado acima),da mangueira + tubo de ligação, da bomba, da válvula de alívio de sobrepressão (alias, que eu acredito que seja...), válvula de retenção, filtro de óleo, retentor do virabrequim, dutos e furos calibrados.

Rotor da bomba de lubrificação - riscos indicam que passaram impurezas e limalhas.

De acordo com o manual de serviço, a bomba de óleo do circuito de lubrificação "puxa" o óleo do reservatório externo (cárter) através do filtro do cárter e mangueira + tubo e pressuriza este a uma pressão que deve variar entre 80 e 120 kPa (0,8 A 1,2 bar). No manual cita que a válvula de sobrepressão deve ser ajustada para esta faixa, só que, não achei a tal válvula. Inicialmente achei que a válvula de sobrepressão fosse o conjunto "esfera + mola + anel de vedação" mas, esta está mais para uma "válvula de retenção" (não deixa o óleo voltar esvaziando o circuito com o motor desligado) do que para uma válvula de "sobrepressão" ou alívio. A única peça que poderia se comportar como uma válvula de alivio é a tampa com um único parafuso.

Válvula de alívio? Tem até local para deixar "vazar" (região onde a seta aponta)

Se for isto, não sei como ajustar. Sei que, independente se é ou não, a junta, a tampa e a carcaça devem estar impecáveis, tem riscos e bem assentadas senão, a pressão de óleo vazará por aí, diminuindo a capacidade de lubrificação da bomba.

Válvula de retenção - fluxo permitido no sentido do cárter central para a tampa, somente.

Outra curiosidade é que o filtro de óleo tipo cartucho de papel só filtra o óleo que vai para o eixo virabrequim e para o comando de válvulas. O fluxo que vai para o câmbio é sem filtragem. Ou seja, o único fluxo de lubrificante que pode reter limalhas é o que vai para estes pontos, o que reforça a necessidade de retenção magnética. 

E, com que mostrei acima, mais um "ponto fraco" começa a aparecer que é a falta de um indicador de funcionamento correto do circuito de lubrificação. Com o desgaste das bombas, será que a lubrificação era correta. Pior, se não lubrificar, não existe nenhum indicador de falha, o motor vai funcionar até a sua destruição. Vejo aí a necessidade de um pressostato ou manômetro para indicação da pressão de óleo, principalmente depois de ver o estado da bomba de óleo...



32 comentários:

  1. Olá Martin,
    Creio que as suas observações sejam inéditas no que se refere ao motor da XT... poucos tiveram a paciência e a coragem de ir tão fundo, parabéns. Ainda assim, creio que suas preocupações sejam um pouco "demais da conta", hehe. Sim, é certo que todas estas falhas que você citou podem ocorrer, aliás, já ocorreram com alguns proprietários dessa motoca, mas eu acredito que todas as falhas tenham uma ou mais causas, e que as causas estão, sempre, ou quase sempre, relacionadas ao uso e manutenção da moto, ou melhor, ao mau uso e má manutenção da moto.

    O que eu quero dizer é, se você fizer toda a manutenção que pretende fazer, montar o motor corretamente, esperar o período de amaciamento, e depois usar a moto dentro dos limites que a máquina foi projetada para ser usada, respeitando os períodos de manutenção preventiva, não abusando das altas rotações do motor, etc, você terá uma máquina tão boa quanto uma nova, e poderá fazer todas as viagens que desejar, pois provavelmente o tempo que você terá disponível para rodar nessa moto será inferior ao tempo de vida útil que ela ainda tem para te oferecer. Ou seja, essa moto ainda vai rodar mais 200.000! Isso é (um pouco) mais do que toda a distância que eu percorri de moto em dez anos! E olha que eu não tenho carro, e ando de moto TODOS os dias.

    O que eu quero dizer com tudo isso: não se preocupe demais. Acho que é exagero adaptar um manômetro ao motor dessa moto. Talvez o pressostato, pelo menos para você se sentir mais seguro, mas ainda assim.

    Pra concluir, não podemos esquecer de uma coisa: as pessoas tendem a lembrar e comentar sempre os problemas e os defeitos. Por isso, se você procurar pela internet, vai encontrar dezenas de relatos sobre problemas que a XT apresentou, mas isso é uma pequena fração dentre dezenas de milhares de pessoas que já tiveram essa moto e nunca enfrentaram problemas.

    É isso. Parabéns pelo serviço e espero que você não ache que as minhas palavras são uma crítica, pois não são, isso é só uma troca de idéias. O trabalho que você está fazendo é sensacional!
    Abç!

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  2. Olá Bergantini,
    Obrigado pelo elogio. Mas cuidado, não tenho certeza de tudo que observei (principalmente da válvula de alivio). E tem mais coisas interessantes que vou postar em breve...
    Realmente a máquina é forte. As preocupações não são tão preocupações... explico: esta moto é um "passa-tempo" e sou engenheiro do tipo antigo, que gosta de entender, melhorar e documentar. Então, o que estou fazendo é isto, mas, por brincadeira. Este mesmo trabalho fiz com um SP2 cujo motor modifiquei para 2,2 litros, um Dodgão, um Land Rover e assim por diante...
    Quanto aos instrumentos, também é mania... Nunca gostei de carros que não indicam pressão, temperaturas, tensão da bateria, etc. Este negócio de "computador de bordo" (que é o caso do Peugeot que uso) que lhe informa "STOP" porque algo está ruim mas não fala o quê está errado... me deixa doente.
    Também, por hobby, vou "tentar" colocar o manômetro. E também um "conta-giros" (a minha não tem).
    Suas palavras são bem-vindas. Também faz parte do hobby! Trocar idéias aumenta o conhecimento e isto é o que procuro.
    Inté!

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  3. Essa mania de gostar de "computador de bordo" eu também tenho! Quando vou fazer um passeio mais longo na moto eu sempre levo meu Garmin 60csx pra saber o tempo de descolamento, a velocidade média, altitude, tempo ao destino, entre outras informações. É que nas motos qualquer informação além da velocidade é do hodômetro, que são equipamentos obrigatórios, parece que é um luxo, e a gente acaba se acostumando com isso, achando normal. Enfim, eu também gostaria de ter todas as informações que você citou (pressão, temperatura, tensão da bateria, etc), só não queria ter que ser o responsável por instalar os medidores, hehehe!

    Abraço e continue com o bom trabalho!

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  4. é fácil, e hoje, relativamente barato. O pior é descobrir onde colocar os instrumentos indicadores, ainda mais numa moto como esta. Se fosse numa Ténéré dois faróis, seria fácil, mas nesta, vai dar trabalho...
    Antes que eu me esqueça, cometi alguns erros nesta postagem, mas, já os corrigi na próxima, que já publiquei.
    Com isto, já aprendi mais um pouquinho. Bom!

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  5. Ola martin,estou grilado com o nivel de oleo da minha 97,sigo direito o manual e nada nao da nivel mesmo quando acabo de trocar,pra onde sera q vai o oleo?pior q nem os mecanicos sabem.o q vc acha q pode ser?parabens pelo blog abcs.

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    1. Juliano,
      Existe uma válvula de retenção (veja a última foto) que é responsável por duas coisas, quando o motor é desligado. A primeira é a de não "descer" o óleo que está no circuito após a bomba (virabrequim, eixo de comando, etc.) e a própria bomba (para não ficar vazia). A segunda função é justamente manter o óleo no tanque externo, sem que o mesmo vá para o cárter quando o motor está desligado. Isto foi projetado assim para garantir que a lubrificação começa imediatamente após ligar o motor, pois, a bomba tem óleo retido imediatamente antes dela (não tem que "puxar o ar que entraria no circuito") e o circuito de óleo sobre pressão já está parcialmente cheio. A maior probabilidade é que esta válvula esteja "dando passagem".
      Outra possibilidade são os vazamentos internos nos retentores da própria bomba (fazendo o mesmo que descrevi acima). Ou seja, o óleo está ficando armazenado dentro do motor e não no cárter externo.
      Pelo que você fala, este "vazamento" está bem grande. Acho bom checar (retirando a tampa dá para ver a válvula e atras da embreagem está a bomba). Escrevo isto porque, quando o óleo está todo no cárter (motor desligado), primeiramente o segundo rotor da bomba irá bombeá-lo para o reservatório externo para só depois este retornar para o segundo rotor da bomba e realmente lubrificar o motor, ou seja, demorará mais tempo com motor ligado até que haja realmente lubrificação.
      Sempre foi assim ou este problema começou a pouco tempo? Alguém "mexeu" no motor?

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    1. Este comentário foi removido pelo autor.

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    2. Thank you for your comments! it's a pleasure to make this blog with all information that I discovered with this motorcycle in the rebuild process.

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  7. Caro Martin Ávila ,primeiramente parabéns pela matéria , estou com uma tenere 600 ano 1989 em minha oficina essa moto veio com problemas de circulação de óleo e para retirar vazamento externo ,eu fiz todo o trabalho troquei a bomba de óleo abri o motor para trocar o rolamento e retentor do contra peso,troquei também o rolamento que fica na carcaça do lado esquerdo no eixo primário verifiquei todos oring inclusive o oring interno que esta na foto 3 e no final das contas o problema persiste ,quando coloco oleo no reservatório e abro o parafuso de sangria vejo que circula normalmente ,porem o óleo desce pro motor e retorna muito pouco pro reservatório até zerar o nível ,quando abro novamente o parafuso de sangria percebo que não sobe óleo com o motor em marcha lenta ,vc teria alguma dica pois isso ja esta me deixando louco !

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    1. Wellington,
      Você verificou se o óleo circula pelo circuito de retorno? Acho que vale a experiência: - desconecte a mangueira de retorno que vai para o tanque externo e veja se, com o motor ligado, óleo sai dela.
      Este motor é de baixa pressão (circuito de óleo). Mas deveria ocorrer o contrário, o rotor do circuito de retorno é muito mais largo e deveria jogar mais óleo pro tanque externo do que a bomba do circuito de pressão consegue usar...
      Como está o captador de óleo? A minha estava bem entupida.
      Esta motocicleta está original? Alguem já abriu o motor?

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    2. Wellington,
      Você disse que trocou o rolamento da arvore primária. Você tem o velho? Trocou pro um comprado na Yamaha ou comprou no mercado? Se tem o velho, como ele era? Com gaiola de aço ou poliamida? tinha vedação de um dos lados?

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  8. Olá Martin. Tenho uma Tenere 600 89. Troquei a tampa lateral direita porque tinha uma trinca. Ao ligar a moto, verifiquei que o óleo não está retornando para o tanque externo e, não há óleo no filtro. O que pode ser? Obrigado.

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    1. A bomba deve estar montada errada, ou as vedações, principalmente a da tampa que alimenta o virabrequim, deve estar ruim. Mais provável a bomba estar errada...

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  9. Coloquei um radiador de oleo saindo daquele duto de óleo da tampa de embreagem e depois de passar pelo radiador retornando ao meio do motor,parece que flui bem o óleo,pode atrapalhar a pressao?

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    1. Se o radiador é grande e sem muita restrição, não vai causar problema não. Acho que melhor era ter colocado no tubo / mangueira que manda o óleo para fora, para o reservatório do chassis / quadro.

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  10. Boa noite!
    A minha xt 600 tá vazando óleo no quadro perto da tampa do reservatório do óleo.

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  11. Boa noite!
    A minha xt 600 tá vazando óleo no quadro perto da tampa do reservatório do óleo.

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  12. Boa Noite, minha xt apresentou um vazamento no reservatório de óleo próximo a tampa ja vedei a tampa e não adianta, alguém sabe o que é isso?

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    1. Perto da tampa tem o retorno do óleo e um dos respiros, deve ser por eles que vaza? E uma pergunta, como está o respiro que é ligado do motor ao filtro de ar? entupido? Se sim, pode ser por este motivo, com alguma pressão de ar vindo do motor.

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  13. Boa tarde, estou com um problema muito grande na minha xt 600 e 2001, pois foi feito retifica, pois agora esta sumindo o oleo da moto rodo 1400 quando vo trova so tem 1300, detectei que a mangueira que vai liga na caixa de filtro de ar esta puxando o oleo frequentimente, oque pode esta acontendo?

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    1. Quando isto acontece é porque o retentor do eixo balanceiro pifou. Algumas postagens mais para frente mostram, na montagem, aonde fica (carcaça esquerda, perto da tal mangueira).

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  14. Olá Martin.
    Excelente explicação do sistema.
    Como você conhece os detalhes do sistema, vou lhe pedir uma ajuda.
    Tenho uma Ténéré 92 dois faróis. Depois de uma troca de óleo (drenei no reservatório superior, cárter e troquei o filtro - coloquei 2 litros), fiz um passeio de 140 km e estava tudo normal. A moto ficou uns 45 dias parada e quando fui ligar ela subiu muito óleo pelo respiro do motor para a caixa do filtro de ar, vazou no mínimo uns 300 ml até eu ver. Não liguei mais ela é estou atrás de informações para identificar o problema.
    Você pode me indicar o que pode ter acontecido?
    Depois do vazamento, olhei no reservatório superior é está seco.
    Qualquer dica será muito bem vinda.
    Grande abraço.

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    1. Alexandre, quanto de óleo você colocou na moto apos a troca? Uma possivel resposta seria o óleo todo no cárter do motor até o eixo do balanceiro, ai a pressão empurrou ele para o filtro de ar por este eixo.
      Esquisto o reservatório estar seco. Ele pode até ficar, depois de algum tempo parado, se a válvula que mostro acima não vedar ou se a bomba muito desgastada. Mas, ligou, rápido ele enche. Será que não caiu nada dentro do motor e entupiu a peneira de fundo?
      Ligando o motor você deve ver o óleo entrando no reservatório. Se não estiver entrando, ou a peneira de fundo está entupida, ou algum dos retentores dos eixos do cambio, internos, pifaram ou a bomba... muito esquisito.

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    2. Martin,
      Coloquei 2 litros de óleo.
      Durante a troca, deixei o reservatório superior e o cárter abertos por uns 15 minutos para drenar bem.
      Tem algum acesso externo à peneira de fundo, ou só desmontando o motor?

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    3. Alexandre, não tem acesso se desmontar. Já ligou e verificou se o óleo "circula", chegando no cárter superior / externo? Para correr menos risco, tire o óleo do motor e abasteça o cárter externo com este. Assim, óleo para o circuito a ser lubrificado tem. Se ligar o motor e em 10 segundos não ver óleo entrando no cárter externo, desligue imediatamente.

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    4. Martin, ainda não consegui fazer os testes, mas lembrei de algo importante. Antes de acontecer o vazamento, observei um ruído característico de óleo passando por uma restrição. Este ruído era próximo do reservatório de óleo superior, somente quando acelerava. Provavelmente tenha entrado ou soltado algo do motor e foi parar por ali, obstruindo a passagem de óleo. Não sei se pode ter alguma relação, mas começou um vazamento na junta lateral direita do motor, na parte frontal abaixo do filtro de óleo. Assim que puder, vou desmontar as mangueiras, reservatório e radiador para verificar se há algo entupido. Depois volto aqui para postar os resultados.

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    5. Martin, descobri o problema: cárter cheio de gasolina.
      Esqueci uma das torneiras abertas e a válvula da boia não vedou, transbordou e entrou pelo cilindro. Achei estranho não ter vazado pelo "ladrão" do carburador. Saiu mais de 6 litros de óleo com gasolina.
      Drenei tudo, botei óleo novo e funcionou perfeitamente. Deixei esquentar um pouco e drenei de novo. Vou deixar sem óleo por uns dias para escorrer bem.
      Agora é colocar óleo novo e dar uma esticada com ela para ver como vai se comportar.
      Agradeço pela sua atenção e pela dicas.
      Grande abraço.

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    6. Alexandre, as vezes imaginamos que é o fim do mundo ou que as bruxas fizeram alguma magia negra.... e o problema é relativamente simples.

      Ainda bem! Agora é drenar tudo, tudo mesmo. O ideal é lavar com óleo, funcionando o motor. E trocar o filtro de óleo.

      Você correu um belo risco. Já imaginou se o motor desse um turo pelo carburador? Com gasolina dentro do filtro de ar.... tudo bem que misturada com óleo mas, podia pegar fogo... Ainda bem que nada mais sério.

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  15. Obrigado Martin.
    Vou fazer o teste no final de semana e depois posto aqui o resultado.

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  16. Olá Martin, já vi muitos dos seus videos no youtube e descobri agora o seu blog sobre o motor da xt. A minha dúvida agora é se é muito difícil retirar o Filtro do cárter externo? Eu normalmente mudo o óleo em casa, e tenho medo de tirar este apoio do motor para tirar o filtro e não conseguir colocar sozinho!
    Obrigado
    Diniz

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    1. Diniz, o verdadeiro problema e tirar o filtro. A rosca estava tão travada que quase tive que apelar para o corte...

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